Polícia do Equador prende 13 criminosos que invadiram estúdio de TV

REUTERS E CNN -09/01/2024 21:56

A polícia do Equador prendeu todos os homens armados que invadiram um estúdio da rede de televisão TC em Guayaquil nesta terça-feira (9). Segundo as autoridades, 13 pessoas foram detidas, provas foram recolhidas no local e armas e explosivos foram apreendidos.

A invasão por homens encapuzados e armados aconteceu durante transmissão ao vivo do canal de notícias. Diversos funcionários foram rendidos e foi possível ouvir tiros e gritos ao fundo. As autoridades destacaram que todos os funcionários estão vivos.

Uma transmissão que foi cortada mostrou pessoas reunidas no chão dos estúdios, enquanto homens armados gesticulavam para a câmera.

O Ministério da Educação do Equador anunciou que as aulas presenciais estão suspensas em todo o país até o dia 12 de janeiro. Já a Direção-Geral de Aviação Civil pediu que a segurança seja reforçada em instalações aeroportuárias, áreas públicas e imediações.

O caso aconteceu em meio aos sequestros de policiais e uma série de explosões, um dia depois que o presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência após o criminoso mais procurado do país ter desaparecido da prisão.

Presidente decreta operação contra grupos criminosos

Após o ocorrido, o presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou que 22 grupos do crime organizado sejam identificados como organizações terroristas e “atores beligerantes não estatais”.

Também foi decretado Conflito Armado Interno e que sejam feitas operações militares pelas Forças Armadas equatorianas para neutralizar os grupos armados.

Além disso, foi formado um Conselho de Segurança Pública e do Estado para analisar a situação da segurança do país.


Estado de emergência

O presidente Daniel Noboa declarou estado de emergência por 60 dias na segunda-feira (8), permitindo patrulhas militares, inclusive nas prisões, e estabelecendo um toque de recolher noturno nacional.

Noboa, filho de um dos homens mais ricos do país, assumiu o cargo em novembro do ano passado, prometendo conter uma onda de violência relacionada ao tráfico de drogas nas ruas e nas prisões que tem crescido há anos.

A medida foi uma resposta à possível fuga de Adolfo Macias, líder do grupo criminoso Los Choneros, da prisão onde cumpria uma pena de 34 anos, e a outros incidentes prisionais recentes, incluindo a tomada de guardas como reféns.