r7 -12/03/2022 17:47
Engenheiros russos foram enviados na última sexta-feira (11)
para medir a radiação na usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, cuja
tomada pelas forças russas alarmou a comunidade internacional, disseram
autoridades ucranianas.
Trabalhadores da empresa de energia nuclear russa Rosatom
chegaram a Zaporizhzhia na sexta-feira, informou a agência nuclear ucraniana
Energoatom pelo Telegram.
Engenheiros russos explicaram ao pessoal ucraniano que
estavam lá para "avaliar o nível de radiação" e "ajudar no
reparo da usina", que foi bombardeada em 4 de março, informou a
Energoatom. Os reatores da usina não parecem estar danificados, apesar de um
incêndio no local durante o ataque das forças russas.
A Energoatom afirmou que os russos foram para Zaporizhzhia
porque a equipe ucraniana se recusou a cooperar com a Rússia. Acrescentou
ainda que um dos enviados russos se apresentou como o novo administrador civil
e militar da área e declarou que a usina passou a ser território russo,
administrado pela Rosatom.
Na época do ataque, o embaixador russo nas Nações Unidas
negou que seu país tivesse bombardeado a usina nuclear.
Em outro comunicado, a Rosatom confirmou o envio de
especialistas russos, porém indicou que o funcionamento da central de
Zaporizhia, como o de Chernobyl, também ocupado pelos russos, é assegurado pelos
ucranianos.
Os especialistas russos estão ali para
"aconselhar" a equipe ucraniana, acrescentou.
"As atividades pretendem garantir que a segurança da
exploração das centrais nucleares ucranianas aconteçam em estreito contato a
direção da Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica), declarou a
Rosatom.
Zaporizhzhia, inaugurada em 1985 e com seis reatores, produz
cerca de um quinto da energia da Ucrânia e tem capacidade para abastecer 4
milhões de residências.