r7 -06/05/2021 17:24
Subiu para 25 o número de mortos em um tiroteio durante operação policial na comunidade do
Jacarezinho, zona norte do Rio, nesta quinta-feira (6). Entre eles está um
policial civil da DCOD (Delegacia de Combate às Drogas) atingido na cabeça.
A ação que durou cerca de oito horas deixou outros três
agentes feridos. Além disso, duas pessoas foram vítimas de balas
perdidas na altura da estação de Triagem do Metrô Rio, que fica próxima ao
local.
De acordo com a assessoria do metrô, os dois foram atendidos
e passam bem. Um deles, identificado como Humberto Duarte, de 20 anos, foi
baleado de raspão no braço e encaminhado para o Hospital Souza Aguiar, no
centro. Já Rafael Silva, de 33 anos, atingido por estilhaços de vidro, foi
levado ao Hospital Salgado Filho, no Méier.
O confronto na comunidade suspendeu o serviço na Linha 2 do metrô e a
circulação dos trens em dois ramais, Belford Roxo e Saracuruna, durante o dia.
Por segurança, três postos de vacinação nos arredores fecharam as
portas e adiaram para sexta (7) a aplicação de doses do imunizante contra
covid-19 em grupos prioritários.
Policial morto
Em nota, a Polícia Civil lamentou a morte do inspetor André
Leonardo de Mello Frias, que foi atingido na cabeça durante a ação.
"A Sepol se solidariza com amigos e familiares, e sente
muito a dor pela morte do inspetor que teve uma trajetória ilibada na
instituição, sendo admirado e respeitado por todos. Ele honrou a profissão que
amava e deixará saudade. Mas também deixa o sentimento de que o trabalho não
pode parar", diz o comunicado.
Operação Exceptis
Policiais Civis da Delegacia de Proteção à Criança e ao
Adolescente, com apoio de outras unidades do Departamento Geral de Polícia
Especializada (DGPE), do Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da
Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), realizam a operação Exceptis, na
comunidade do Jacarezinho, na zona norte.
A polícia investiga uma organização criminosa que atua na
comunidade, explorando práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas,
roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia. Além disso,
a quadrilha também vem aliciando crianças e adolescentes para integrar a
facção.
Veto do STF
Desde junho do ano passado, as operações policiais estão
proibidas no Rio de Janeiro, conforme decisão do STF (Supremo Tribunal
Federal). As autoridades de segurança só podem fazer ações nas comunidades da
cidade em "em hipóteses absolutamente excepcionais", desde que com
aviso prévio ao Ministério Público.