agencia brasil -25/02/2022 14:40
A tragédia provocada pelo temporal em Petrópolis, no estado
do Rio, no último dia 15, provocou até o momento a morte de 217 pessoas, sendo
128 mulheres e 89 homens. Entre as vítimas, 42 são menores. Os corpos foram
levados para o Posto Regional de Polícia Técnica e Científica (PRPTC).
Segundo a Secretaria de Estado da Polícia Civil do Rio
(Sepol), entre os mortos 203 corpos foram identificados e liberados. Outros
sete não identificados receberam liberação mediante coleta de material genético
e ordem judicial.
Ainda conforme a Sepol, o PRPTC recebeu 16 fragmentos de
corpos, sendo que nove já foram liberados. Até o momento, há registro de 33
desaparecidos comunicados à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).
“A instituição reforça que, a partir de sábado (26), a
coleta de material genético de familiares de vítimas vai ocorrer exclusivamente
no PRPTC, sendo desmobilizado o posto no clube Petropolitano”, informou a
secretaria.
Buscas
O décimo primeiro dia de buscas em Petrópolis começou hoje
(25) com as operações noturnas de limpeza urbana realizadas pela prefeitura. No
trabalho são empregadas mais de 40 máquinas de grande porte para a remoção de
entulhos e das barreiras das vias do centro da cidade e do Alto da Serra, duas
das áreas mais atingidas pela tragédia. “O objetivo das operações é agilizar os
serviços, causando o menor impacto possível no trânsito da cidade”, disse a
prefeitura.
Para o prefeito Rubens Bomtempo, o trabalho noturno tem sido
mais eficiente, o que permite avançar na recuperação da Cidade Imperial, como
Petrópolis é conhecida.
“Para entrar com as carretas no centro ou no Alto da Serra
durante o dia é preciso dar um nó no trânsito. Além disso, cada carreta leva
umas três, quatro horas, para chegar ao aterro da Fazendinha (próximo à
Rodoviária do Bingen) ou ao de Pedro do Rio. Com isso, eu consigo fazer uma ou
duas viagens por dia. Trabalhando à noite, faço quatro ou cinco viagens, e sem
causar transtornos no trânsito”, afirmou o diretor-presidente da Companhia
Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis, Léo França.
Abrigos
A prefeitura informou que, até o momento, 887 pessoas estão
abrigadas nos 13 pontos de apoio instalados em escolas da rede municipal de
educação e no Colégio Estadual Rui Barbosa.
Essas pessoas que tiveram que deixar as casas ou perderam as
residências estão nas escolas Papa João Paulo II, em São Sebastião; Germano
Valente e Maria Campos, no centro; Rubens de Castro Bomtempo, na Vila Felipe;
Geraldo Ventura Dias, no Meio da Serra; Duque de Caxias, em Quissamã; Alto
Independência, no Alto Independência; Joaquim Deister, na Floresta; São João
Batista, em Duarte da Silveira; Paroquial Nossa Senhora da Glória, no Morin;
Paroquial Bom Jesus e Centro de Educação Infantil (CEI) Chiquinha Rolla, no
Quitandinha; e Comunidades Santo Antônio e Colégio Estadual Rui Barbosa, os
dois no Alto da Serra.