r7-fotos moises eustaquio -16/07/2021 08:12
Apenas dois consórcios apresentaram propostas nesta
quinta-feira (15) para o leilão de concessão de 22 aeroportos regionais do
Estado de São Paulo. As ofertas tiveram ágio médio de 11% e a arrecadação
total, de R$ 22 milhões. O volume de investimentos durante os 30 anos de
concessão será de R$ 447 milhões, sendo R$ 137 milhões nos primeiros quatro
anos do contrato.
O consórcio Aeroportos Paulista, liderado pela Socicam, foi
o único a dar lance no bloco Noroeste - composto pelos terminais de São José do
Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba e Barretos, Assis, Dracena,
Votuporanga, Penápolis, Tupã, Andradina e Presidente Epitácio.
O grupo, que agora conta com 26 concessões de aeroportos,
arrematou o lote com uma oferta de R$ 7,6 milhões e ágio de 11,14%. Nesse
bloco, estão previstos investimentos de R$ 181,2 milhões na ampliação da
capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação.
O bloco Sudeste, que inclui os aeroportos de Ribeirão Preto,
Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca,
Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel, foi vencido pelo consórcio
Voa NW e Voa SE, com oferta de R$ 14,7 milhões e ágio de 11,5%.
O grupo já havia vencido o primeiro leilão de aeroportos do
governo paulista e agora soma 16 terminais administrados. O total de
investimentos nos 11 aeroportos arrematados vão somar R$ 266,5 milhões. A
formação do consórcio é a mesma do primeiro leilão: MPE Engenharia, Terracom
Construções, Nova Ubatuba Empreendimentos, ALC Participações Incorporadora/EPC Construções
e Estrutural Concessões de Rodovias.
Apesar da baixa concorrência, o vice-governador, Rodrigo Garcia, considerou o leilão um sucesso. “Fizemos um bom projeto e o resultado mostra a confiança dos investidores na retomada econômica e na administração paulista”, diz ele.
Com a licitação desta quinta, o Estado de São Paulo passa a
não ter mais nenhum aeroporto sob administração pública. Com isso, o Daesp -
departamento responsável pela estrutura dos aeroportos - passa agora por um
processo de extinção do órgão.
O quadro de funcionários será realocado na agência
reguladora de transportes Artesp, que será responsável pela regulação dos
aeroportos. “Vamos deixar de investir cerca de R$ 70 milhões por ano em
aeroportos, o que dá R$ 2 bilhões nos 30 anos de concessão. Esse valor será
destinado para saúde, educação e segurança pública”, disse o vice-governador.
Dos 22 aeroportos concedidos, seis já contam com serviços de
aviação comercial regular e 13 têm potencial de se desenvolver como novas rotas
regulares durante a concessão. Juntos, os aeroportos movimentam atualmente 2,4
milhões de passageiros por ano, considerando embarques e desembarques.
De acordo com estimativas do governo, considerando os
investimentos previstos, esses números podem superar mais de 8 milhões de
passageiros por ano ao longo dos 30 anos de contrato de concessão.