r7 -15/03/2021 19:38
Aliado do governador João Doria (PSDB), o deputado estadual
tucano Carlão Pignatari foi eleito presidente da Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo (Alesp) com 65 dos 94 votos. Ele derrotou os candidatos
Sergio Victor (Novo), que teve 5 votos, Major Mecca (PSL), que obteve 16 apoios, e Carlos
Gianazzi (PSOL), que recebeu 4 votos.
Antes líder do governo na Alesp, Pignatari era o favorito da
disputa e sua eleição mantém o alinhamento da Casa com o Palácio dos
Bandeirantes – essencial para o momento enfrentado por Doria, alvo de críticas
pela adoção de medidas impopulares para conter o novo coronavírus. Os
candidatos da oposição pregavam a necessidade de a Assembleia adotar uma
postura mais independente do governo do Estado.
O deputado tucano responde a ao menos quatro processos na
Justiça por improbidade administrativa e, em dois deles, já foi condenado à
perda do mandato e dos direitos políticos. Ele recorreu das sentenças e, num
processo em que o desfecho estava prestes a retirá-lo do cargo, negociou um acordo
com o Ministério Público de São Paulo.
A negociação em torno da eleição de Pignatari contou apoio
do PT e do DEM, que ficarão com a primeira e a segunda secretarias,
respectivamente. Luiz Fernando (PT) foi eleito o primeiro secretário com 60
votos contra 24 para Coronel Telhada (PP). Rogério Nogueira (DEM) deve ser
eleito segundo secretário. Só os três primeiros cargos da Mesa Diretora –
presidência, primeira secretaria e segunda secretaria – são responsáveis pela
nomeação direta de mais de 150 vagas. Considerando toda a estrutura abaixo da
Mesa, o número chega a 536.
Do lado de fora do Palácio 9 de Julho, manifestantes
bolsonaristas protestavam contra Doria e a favor da intervenção militar.
Diversos dos manifestantes não usavam máscaras ou adotaram medidas de
distanciamento.