Andradina é a cidade mais difícil para se eleger vereador na região

folha da regiao -07/10/2020 11:14

A cidade de Andradina, com 45,4 mil eleitores, é o município da região em que um candidato a vereador terá mais dificuldade para se eleger nas eleições do dia 15 de novembro. Dos 42 municípios da região, ela é a que mais teve registro de candidaturas à Câmara. São 356 postulantes a uma das 15 cadeiras do Legislativo. Isso dá uma média de 23,53 concorrentes por vaga.

O maior município, Araçatuba, tem 74,4 mil eleitores e menos opções que os eleitores  andradinenses.  São 311 candidatos para 15 vagas; uma média de 20,73 por cadeira.

A cidade com menor concorrência é Santópolis do Aguapeí, que tem 3,2 mil eleitores e uma média de 2,44 concorrentes por vaga. Lá são 22 candidatos para nove cadeiras. Em Nova Castilho, com 1,2 mil eleitores, a vida dos 23 candidatos também tem tudo para ser mais tranquila. A cidade tem nova cadeira na Casa de Leis, o que dá uma média de 2,56 por vaga.

Em Birigui, os 88,5 mil eleitores têm 206 opções para votar para o legislativo local, que tem 15 lugares. A concorrência é de 13,73 candidato por cadeira. Penápolis, que possui 47 mil eleitores teve 151 candidatos para 16 cadeiras; média de 9,4.

NOME SOCIAL

Apesar do grande número de candidatos a vereador, a região não registrou caso de candidatos transgêneros que tenha optado por colocar o nome social na urna. Em todo o país, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entre 22,9 mil candidatos para a prefeito ou vereador, apenas 163 fizeram esta opção.  

Esta é a primeira eleição em que há esta opção. A resolução do tribunal que normatiza a escolha e o registro de candidaturas a esses cargos para as Eleições Municipais de 2020 determinou que no formulário do Requerimento de Registro de Candidatura(RRC), conste, entre outros dados pessoais, o nome social que o candidato ou a candidata utiliza, se for esse o caso. Isso permite que as pessoas que não se identificam com o gênero designado no seu nascimento possam concorrer a cargos eletivos utilizando o nome pelo qual a sua comunidade os conhece.  

Desde 2018, uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possibilita que candidatos e candidatas transgênero apareçam na urna eletrônica com o seu nome social. Com a medida, nas Eleições Gerais daquele ano, foram registradas 29 candidaturas com nome social em todo o país.

Dessas, 15 conseguiram ser eleitas para o cargo de suplente de deputado federal ou estadual. Para ser inserido na urna eletrônica, o nome social já deverá constar do cadastro eleitoral e estar no título de eleitor do candidato ou candidata. Para ter sido utilizado, deveria ter sido informado à Justiça Eleitoral até o dia 6 de maio passado.