r7 -18/04/2022 22:07
Após quase três anos do lançamento do programa, o presidente
Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, oficializaram, nesta segunda-feira (18),
a primeira contratação de profissionais para o Médicos pelo Brasil, substituto
do Mais Médicos, criado durante a gestão de Dilma Rousseff (PT). O titular da
pasta disse que a demora em contratar os agentes se dá por causa da pandemia de
Covid-19.
Nessa primeira etapa, foram chamados 529 profissionais. A
previsão é de contratação de cerca de 1.700 no mês de abril. Os demais chamamentos
vão ocorrer durante o período de vigência do edital, a maioria deles ainda
neste ano. No total, o programa vai oferecer 4.600 postos para médicos
atuarem no país. São 4.057 vagas para bolsistas e 595 para tutores.
Segundo o ministério, o estado que mais vai receber
profissionais, nessa primeira leva, é a Bahia, com 68 médicos. Na outra ponta
de comparação, o Acre terá apenas um. De acordo com a pasta, o programa vai
substituir gradativamente o Mais Médicos para o Brasil na atenção primária à saúde.
Em seu discurso, Bolsonaro criticou o programa criado por Dilma e avaliou que os cubanos
viviam situação análoga à escravidão no Brasil, além de parte deles não ter
"qualificação". O presidente também comentou a morte de Fidel
Castro, presidente daquele país, e que ele foi "para um lugar bastante
quente".
"Um cubano estava lá numa cidade qualquer. Se tivesse
na frente da casa dele uma festa de casamento, ele não podia ir. Não podia se
integrar à sociedade. Era isso que acontecia. Não quero criticá-los, não, que
vinham para cá e seus familiares ficavam em Cuba e, caso desrespeitassem aquilo
determinado, os seus familiares lá sofriam. E o apoio do PT e lamentavelmente
da bancada do PT foi praticamente unânime para que ficassem aqui como se
escravos fossem. Trabalho análogo à escravidão. Para mim, isso é
escravidão",
Na sequência, o presidente destacou que, quando foi eleito,
em 2018, os profissionais cubanos deixaram o país, mas que tinha a intenção de
dar asilo aos médicos. "Eu durante a minha pré-campanha falei que ao
cubano que, porventura, ficasse no Brasil, eu daria asilo. E cumpri minha
palavra. Mas, quando eu ganhei a eleição, imediatamente eles fugiram do
Brasil", disse.