metropoles -07/09/2024 22:24
O Ministério das Relações Exteriores da Argentina criticou
duramente decisão
do regime de Nicolás Maduro na Venezuela, que proíbe que o Brasil siga como
representante da Embaixada da Argentina em Caracas. O Brasil representa os
interesses diplomáticos argentinos desde que o embaixador do país foi expulso,
em 1º de agosto.
Em nota, o governo argentino alertou que revogar essa
autorização pode ser sinal de uma tentativa de sequestro dos membros da
oposição venezuelana asilados na embaixada.
“Qualquer tentativa de intromissão ou rapto dos requerentes
de asilo que permanecem na nossa residência oficial será duramente condenada
pela comunidade internacional”, diz um trecho da nota do governo argentino.
O texto pontua ainda que “ações como estas reforçam a
convicção de que os direitos humanos fundamentais não são respeitados na
Venezuela de Maduro”.
Seis pessoas que fazem oposição ao governo de Nicolás Maduro
estão asilados na embaixada da Argentina e sob os cuidados do Brasil. O local
está sem energia elétrica e cercado por pessoas interessadas em prendê-los.
O presidente da Venezuela revogou a autorização com o argumento
de que o local estaria sendo usado para “atividades terroristas”. Além disso,
ele defende que os opositores estariam orquestrando uma tentativa de homicídio
contra ele e a vice-presidente, Delcy Rodríguez.
Resposta brasileira
De acordo com o Itamaraty, o Brasil seguirá exercendo o
papel solicitado até que a Argentina escolha outro representante. “O Brasil
permanecerá com a custódia e a defesa dos interesses argentinos até que o
governo argentino indique outro Estado aceitável para o governo venezuelano
para exercer as referidas funções”, diz um trecho da nota do governo
brasileiro.