r7 -24/11/2020 12:51
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, iniciou
nesta terça-feira (24) uma nova fase de sua transição para a Casa Branca, já
que o governo
Trump deu ao democrata acesso a recursos essenciais que lhe permitirão
assumir as rédeas do poder em janeiro.
O anúncio de segunda-feira da Administração de Serviços
Gerais (GSA) de que reconhecerá formalmente a transição de Biden veio semanas
depois de Trump alegar falsamente que a eleição de 3 de novembro foi marcada
por uma fraude eleitoral generalizada.
Em um tuíte, Trump ofereceu seu apoio à medida.
Críticos dizem que a recusa do presidente de aceitar os
resultados minou a democracia norte-americana e prejudicou a capacidade do novo
governo para combater o novo coronavírus.
Embora Trump não tenha admitido a derrota, o gesto foi o
mais perto que ele chegou de reconhecer que é hora de ceder o poder a Biden,
que tomará posse no dia 20 de janeiro.
Mais verba e acesso à
informação
O anúncio do GSA permitirá que o presidente eleito acesse
milhões de dólares de fundos e se concentre em montar uma equipe de liderança.
Também abre caminho para Biden e a vice-presidente eleita,
Kamala Harris, receberem informes de segurança nacionais frequentes que Trump
também recebe.
Também nesta terça-feira, Biden e Harris devem apresentar
formalmente seus indicados a cargos essenciais de segurança nacional e de
política externa em Wilmington, no Delaware.
Dois funcionários do governo Trump disseram que as equipes
de análise de agências de Biden podem começar a interagir com autoridades de
agências de Trump ainda nesta terça-feira.
A equipe de transição de Biden anunciou o início de reuniões
com autoridades federais para tratar da reação à pandemia de coronavírus, além
de conversas sobre questões de segurança nacional.
Na segunda-feira, Biden anunciou o assessor de confiança
Antony Blinken como secretário de Estado e John Kerry, ex-senador e candidato
presidencial democrata em 2004, como seu enviado especial para o clima.
Biden, que planeja descartar muitas das diretrizes da
doutrina "A América Primeiro" de Trump, também nomeou Jake Sullivan
como conselheiro de Segurança Nacional e Linda Thomas-Greenfield como
embaixadora na Organização das Nações Unidas (ONU).
Ele ainda escolheu Janet Yellen, ex-presidente do Fed, como
secretária do Tesouro.