noticias ao minuto -24/05/2020 11:06
Em dia movimentado, o presidente da República, Jair
Bolsonaro, parou na noite deste sábado, 23, para comer um cachorro-quente em
uma quadra da Asa Norte de Brasília, antes de retornar para o Palácio da
Alvorada. Ao som de panelaços, vaias e também de frases de apoio, Bolsonaro
comeu e tomou um refrigerante do lado de fora do estabelecimento.
Cercado pelo cordão de isolamento feito por seus seguranças,
Bolsonaro escutou palavras de apoio de pessoas que estavam próximas, como
"Mito", "Você é um herói". Ouviu ainda de apoiadores que
"já estava reeleito".
Com a máscara no queixo, ele parou tirar fotos depois que
comeu.
Da parte residencial da quadra, contudo, se ouviam panelaços
vindos das janelas dos apartamentos. Manifestações contrárias também foram
ouvidas de pessoas que passavam de carro.
Gritos como "Fascista", "Fora
Bolsonaro", "Genocida" foram ouvidos.
Bolsonaro se recusou a responder perguntas e disse que só
falaria "sobre futebol". Ele também acusou a imprensa de fazer
aglomerações e chamou os repórteres de "chatos para caramba".
Logo após pedir o cachorro-quente, o presidente questionou
se poderia comer no local, que não tinha mesas ou cadeiras do lado de fora.
Decreto do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha
(MDB), em razão da pandemia do novo coronavírus proibiu no início de abril o
consumo de alimentos e bebidas em estabelecimentos comerciais.
"Vou consumir onde? Vou comprar e comer onde? Não posso
comer aqui fora, não?", perguntou o presidente da República.
Contrariando norma local, o atendente do "Cachorro
quente do Edivaldo" confirmou que o presidente poderia comer no lugar. O
chefe do Executivo comeu em pé enquanto ouvia apoiadores e opositores.
A parada para o lanche ocorreu após Bolsonaro visitar o
ministro e amigo, Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e o filho mais
novo, Jair Renan Bolsonaro.
Nos dois locais, Bolsonaro foi recebido com palavras de
apoio e também por vaias e panelaços.