estadao conteudo -26/05/2020 21:01
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (26) que
o socorro de R$ 60 bilhões para estados e municípios é a última oportunidade
para governadores e prefeitos.
"Nós não podemos continuar socorrendo Estados e
municípios que devem no meu entender de forma racional começar a abrir o
mercado", afirmou, em frente ao Palácio da Alvorada, residência oficial.
O isolamento social é recomendado por autoridades
sanitárias, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), como forma de
evitar o colapso do sistema hospitalar com o avanço da covid-19.
O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que cabe aos
governadores e prefeitos a palavra final sobre as medidas de isolamento.
Bolsonaro se comprometeu a sancionar o projeto de socorro
aos estados e municípios até quarta-feira (27), e vetar o artigo que poupa
categorias, inclusive de segurança pública, do congelamento até o fim de 2021.
O presidente deu aval para blindar as categorias, mas depois recuou e disse que
vetará o artigo a pedido da equipe econômica.
Antes de sancionar o projeto, Bolsonaro deu reajuste de até
25% para as polícias do Distrito Federal.
Auxílio emergencial
O presidente também disse que o governo estuda pagar mais
uma parcela do auxílio
emergencial, mas em valor mais baixo do que os atuais R$ 600.
De acordo com Bolsonaro, cada parcela do auxílio emergencial
no valor de R$ 600 custa R$ 35 bilhões aos cofres públicos. E para pagar as
despesas extras no combate à pandemia, o governo precisa se endividar.
O presidente não falou sobre valores, mas segundo a
reportagem apurou, a ideia é pagar três parcelas adicionais de R$ 200, valor
próximo à média do pagamento do Bolsa Família.
"Agora o Brasil tem que voltar à normalidade. Eu estou
exausto de falar que desde o começo nós tínhamos dois problemas: o vírus e o
desemprego. E foi tratado apenas um com exclusividade. As consequências tão
vindo aí", afirmou.