Brasil lidera ranking mundial de dengue com 82% dos casos, mostra OMS

agencia brasil -04/06/2024 13:15

Cerca de 7,6 milhões de casos prováveis de dengue foram registrados em todo o mundo em 2024, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados nessa segunda-feira (3/6). A maioria deles (82%) vem do Brasil, colocando o país no topo do ranking com a notificação de 6,3 milhões de casos prováveis da doença, sendo mais de 3 milhões confirmados em laboratório.

Argentina aparece atrás do Brasil na lista da OMS, com 420 mil casos prováveis, seguida pelo Paraguai, com 257 mil casos não confirmados, e o Peru, com aproximadamente 200 mil casos prováveis. Atualmente, 90 países têm transmissão ativa de dengue.

“Embora um aumento substancial de casos de dengue tenha sido relatado globalmente nos últimos cinco anos, esse aumento foi particularmente pronunciado na região das Américas, onde o número de casos ultrapassou 7 milhões no final de abril, ultrapassando os 4,6 milhões de casos registrados em todo o ano de 2023”, destacou a OMS em nota.

Todos os quatro sorotipos de dengue foram detectados nas Américas este ano. Seis países da região, incluindo o Brasil, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México e Panamá, confirmaram a circulação simultânea de todos os sorotipos.

A OMS acredita que os números podem ser ainda maiores devido à subnotificação pela falta de ferramentas para a vigilância e notificação dos casos.

“Muitos países endêmicos não dispõem de mecanismos robustos de detecção e notificação, o que faz com que o verdadeiro fardo da dengue a nível mundial seja subestimado. Para controlar a transmissão de forma mais eficaz, é necessária uma vigilância robusta da dengue em tempo real”, considera a entidade.

Mortes por dengue

O painel de monitoramento da agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra também que foram registradas mais de 3 mil mortes por dengue.

Vacinação contra a dengue

A OMS ressalta que a vacinação de crianças e adolescentes com idades entre 6 a 16 anos vivendo em locais com alta intensidade de transmissão é uma estratégia importante para a prevenção da doença, bem como o controle de vetores com o envolvimento da população e a gestão adequada dos casos.