r7 -10/09/2021 10:59
O governo federal divulgou no início da manhã desta
sexta-feira (10) que não há mais bloqueios
em rodovias federais por parte de caminhoneiros. Segundo informe mais
recente do Ministério da Infraestrutura, feito com base em informações da PRF
(Polícia Rodoviária Federal), às 7h30 havia alguns pontos de concentração de
manifestantes, que caíram 45% desde a noite de quinta-feira (9), e se resumiam
a três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rondônia.
As informações constam em informe do Ministério da
Infraestrutura, feito com base em informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
"Nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santos e Paraná não há mais
qualquer ponto de retenção na malha federal. Há aglomerações sem prejuízo ao
livre fluxo de veículos no Mato Grosso e no Pará", diz o boletim do
ministério.
Desde a noite de quarta, quando o protesto começou, o
governo está mobilizado para convencer os caminhoneiros a liberar as rodovias
ao redor do país. A categoria iniciou as manifestações para apoiar o
presidente Jair Bolsonaro e criticar
ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
O movimento, porém, não é apoiado pelo presidente Jair
Bolsonaro, que chegou a enviar
na madrugada de ontem um áudio aos caminhoneiros para pedir o fim dos
bloqueios. A CNT (Confederação Nacional do Transporte), que representa empresas
do setor, também negou apoio à greve.
O governo teme que a paralisação possa se estender e
comprometer ainda mais a economia. Ontem, o IBGE divulgou o novo
índice da inflação oficial (IPCA), que avançou 0,87% em agosto, maior alta
para o mês em 21 anos.
Bolsonaro disse nesta quinta-feira, em sua live semanal, que
alguns bloqueios
devem se manter até o próximo domingo (12). O chefe do executivo federal se
reuniu com lideranças do movimento durante a tarde para desmobilizar as
manifestações.
"Estive hoje à tarde, com 12 pessoas, a maioria
caminhoneiros. Falaram que iam manter o movimento até o domingo. É um direito
deles. Eu não influencio nessa área. Fui bem claro. Se passar de domingo, passa
a ter problemas seríssimos na economia, aumenta a inflação", relatou.