r7 -20/10/2021 10:12
A Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas notificou ao governo federal e autoridades parlamentares a paralisação dos caminhoneiros, prevista para 1º de novembro, e o estado de greve da categoria, adotado a partir do último sábado (16).
"Motivada pelos sucessivos aumentos no preço dos pacotes e outras pautas", justificou a entidade. Nenhum documento enviado a autoridades do Executivo e Legislativo e assinado pelo presidente da bancada, deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), a frente diz que está disposta a "auxiliar nos diálogos e propostas de solução com representantes dos caminhoneiros".
Transportadores rodoviários prometem interromper suas
atividades caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pelo
governo. No documento enviado ao governo, a frente relatou que a deliberação da
greve decorreu diante do "inconformismo" dos caminhoneiros com os
sucessivos aumentos de preço dos combustíveis e derivados básicos de petróleo,
entre outras pautas.
A bancada também criticou a política de preços da Petrobras
para combustíveis, alegando que é baseada em critérios
"antieconômicos".
"É de conhecimento público que a Petrobras tem
praticado medidas com critérios antieconômicos sobre o preço dos combustíveis,
derivados de petróleo e gás natural, elevando periodicamente o preço do diesel,
da gasolina e do gás, sem nenhum critério econômico nacional", alegou.
Por fim, a frente reiterou que se dispõe a auxiliar na
interlocução entre as lideranças do Executivo, Legislativo e da categoria para
que sejam encontradas "soluções com brevidade, antes que se confirme o
trauma da paralisação anunciada".
Os ofícios, enviados na terça-feira (19), foram endereçados
ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira
Filho, ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao ministro da
Economia, Paulo Guedes, ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ao
presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco, ao presidente da Câmara dos
Deputados, deputado Arthur Lira, e ao presidente da Petrobras, Joaquim Silva e
Luna.