secom -07/01/2021 17:54
A Secretaria de Assistência, Desenvolvimento Social e
Política Sobre Drogas está tomando medidas urgentes para encerrar as atividades
da casa de acolhimento de moradores de rua instalada na antiga Casa da Cultura
Cora Coralina.
Segundo explica a secretária Silvana Santos, a casa foi
criada no governo anterior nos moldes de uma residência, onde são servidos café
da manhã, almoço e janta, com banheiros separados para homens e mulheres, e
ainda com geladeira, televisão.
“No início a casa tinha 10 dos 13 leitos preenchidos com
pessoas cadastradas. Tudo aconteceu devido à pandemia da COVID-19 e o
acolhimento tinha caráter provisório, para atender as requisições sanitárias do
Ministério da Saúde (M.S) e Ministério da Cidadania (M.C), no qual, ofereceu-se
alimentação, produtos de higiene, vestuários, local de dormitório e outros
produtos e materiais necessários para a manutenção da vida”, explicou Silvana.
A secretária afirmou que esse processo supriu as
necessidades naquele momento mas, no decorrer do tempo, surgiram alguns
problemas que tornaram a situação da casa que virou um ponto graves incidentes.
Segundo relatos da equipe técnica do CREAS, alguns usuários da casa tem
problemas graves no campo de saúde mental, uso abusivo de álcool e até consumo
de drogas.
“O lugar acabou se tornando um ambiente de violência, uso de
drogas, brigas, conflitos, e até de pequenos roubos e furtos. A presença da
Polícia Militar é constante no local. Do jeito que está o local acaba
representando risco a vida e integridade física, não só dos usuários mas também
dos munícipes das redondezas”, afirmou.
O destino da “Casa de Acolhida” foi decidido em uma reunião
que contou com a participação do representante da Secretária de Saúde, Carlos
Tencarte, da Secretaria Silvana Santos, dos assistentes sociais Luciane
Malheiro Dourado e Thiago Agenor dos Santos Lima, da assistente social da Camor
(Casa do Morador de Rua) Tamires Cobaixo, do Secretário de Assuntos Jurídicos,
Sérgio Mateussi, Guilherme Inácio, Joice
Pereira e assistentes sociais do CREAS e do Educador Social da Casa Acolhida,
Hairan Nunes da Rocha. A casa deverá ser desativada já na segunda-feira (11)
Hoje (7) os leitos desocupados já foram retirados para que pessoas não
cadastradas ocupem o local durante a noite.
Para a melhoria da qualidade de vida dos usuários eles serão
encaminhados para comunidades terapêuticas e casas especializadas de acordo com
as necessidades de cada um.
“Algumas dessas pessoas devido ao uso de substancias
psicoativo e problemas mentais não conseguiram se estabelecer ainda. Então
essas medidas são necessárias pra que eles voltem a ter condição de retomarem
suas vidas e para isso precisam de tratamento adequado”, disse Silvana.
A secretária salienta que desde que chegaram no acolhimento
eles não foram cadastrados nas unidades de CAPS I e CAPS AD, que são núcleos
especializados para o tratamento dessas necessidades. A conclusão foi promover
a internação involuntária ou compulsória de três dos usuários da casa.
Outros acolhidos serão encaminhados para a CAMOR – Casa de
Morador de Rua.