r7 -31/05/2020 12:31
A partir desta segunda-feira (1º), começam a valer os
protocolos para a retomada econômica no estado de São Paulo, mesmo em meio à
pandemia do novo coronavírus. Os cenários, no entanto, variam de acordo
com cada uma das regiões e não é o mesmo para todas as cidades. Isto porque um
dos parâmetros é a evolução dos casos de covid-19.
O governador João Doria classificou a medida como "retomada consciente", porque vai ocorrer de
forma gradual e heterogênea no estado. "A partir de 1º de junho, por 15
dias manteremos a quarentena, porém, com a retomada de algumas atividades
econômicas no estado de São Paulo".
O estado adotou a quarentena no dia 24 de março. A medida foi prorrogada e seguirá em vigor no estado enquanto acontece a reabertura. "Quero alertar, no entanto, que a retomada parte do princípio da colaboração de todos e da ajuda conjunta. Mas parte também do princípio de que nós estaremos monitorando dia a dia a evolução do processo e o respeito à ciência e à medicina", declarou Doria.
Plano São Paulo
A volta das atividades é estabelecida pelo Plano São Paulo, que prevê cinco níveis de restrição,
calculados com base em cinco critérios. Dois destes critérios são relacionados
à capacidade do sistema de saúde: a taxa de ocupação dos leitos de UTI e o
número de leitos de UTI a cada cem mil habitantes. Outros três critérios se
referem à evolução da pandemia: número de casos, de internação e de óbitos.
A secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São
Paulo, Patrícia Ellen, detalhou as fases: "Teremos a fase vermelha, que é
de alerta máximo, a fase dois que será de controle, a três, de flexibilização,
a fase quatro, de abertura parcial com restrições, e a fase cinco com setores
em funcionamento com medidas de higiene".
As cinco etapas
consideradas pelo governo estadual são:
- Fase 1 (alerta máximo): fase de contaminação, com liberação apenas para
serviços essenciais;
- Fase 2 (controle): fase de atenção, com eventuais liberações;
- Fase 3 (flexibilização): fase controlada, com maior liberação de atividades;
- Fase 4 (abertura parcial): fase decrescente, com menores restrições;
- Fase 5 (normal controlado): controle da doença, liberação de todas as
atividades com protocolos.
Mas há diferenças entre as regiões. A fase 1 abrange a Grande São Paulo, as regiões da Baixada Santista e de Registro. Nesses casos, só podem operar, além dos serviços considerados essenciais, atividades de construção civil e de indústria não essencial.
A cidade de São Paulo está na fase 2, assim como os municípios da região de Marília, Araçatuba, São José do Rio Preto, Franca, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, Piracicaba, Campinas, Taubaté e Sorocaba. Nesta fase, podem ser reabertos, porém com restrições, escritórios, concessionárias, atividades imobiliárias, shopping centers e comércio.
A fase 3 vale para os municípios da região de Bauru, Presidente
Prudente, Barretos e Araraquara/São Carlos. Neste estágio, podem operar, sem
restrições, imobiliárias, concessionárias e escritórios e, com restrições,
bares, restaurantes e similares, comércio, shopping e salões de beleza.
Ainda não há municípios nas fases 4 e 5. Na fase 4, há
apenas uma mudança, que é a abertura, com restrições, de academias.
Na fase cinco, todas as atividades são retomadas. Apenas
neste estágio podem ser reabertos teatros, cinemas e espaços públicos. Também
podem ser promovidos eventos, como os esportivos.