r7 -09/02/2022 16:59
Amplamente impactada pela crise
hídrica que atingiu o Brasil no ano passado, a conta de luz residencial
fechou o mês de janeiro com a primeira queda desde abril de 2021 (-0,04%).
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as tarifas de energia
ficaram 1,07% mais baratas no mês passado, ante variações positivas registradas
nos últimos oito meses do ano passado.
Mesmo com a variação negativa, as contas de luz acumulam alta
de 27,02% nos últimos 12 meses, variação que corresponde a uma aceleração em
relação ao período encerrado em dezembro (+21,21%).
Os recentes saltos das tarifas de energia são motivados
pela adoção,
desde o mês de setembro, da bandeira tarifária de escassez hídrica, que
acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
A redução da energia elétrica residencial também contribuiu
para a redução de 0,91% do grupo de combustíveis e energia, que apresentou
recuo de preços pela primeira vez desde janeiro do ano passado (-3,79%).
Na análise dos combustíveis domésticos (-0,35%), houve queda
no valor cobrado pelo gás de botijão (0,73%) e valorizações contabilizadas no
preço do gás encanado (+3,13%) e do carvão vegetal (+0,27%).
Já entre os combustíveis para veículos (-1,23%), o ato de
parar para abastecer com gasolina (-1,14%) e com o etanol (-2,84%) ficou menos
pesado para o bolso dos motoristas pelo segundo mês consecutivo.
O gás veicular apresentou recuo de 0,86% em janeiro,
enquanto o diesel (+2,38) foi o único dos combustíveis automotivos a ficar mais
caro no mês, após recuar 0,33% no mês de dezembro, aponta o IPCA (Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo).
"Os reajustes negativos aplicados nas refinarias pela
Petrobras, em dezembro, ajudam a entender o recuo nos preços [dos combustíveis]
em janeiro", afirma o analista da pesquisa, André Filipe Almeida.