g1 -19/05/2022 15:01
Movimentos de Aécio Neves em busca de protagonismo encontram barreiras em Bruno Araújo, atual presidente tucano, e Rodrigo Garcia, governador de São Paulo e pré-candidato à reeleição.
Quem vê os movimentos do deputado federal Aécio Neves em
relação a uma candidatura do PSDB à Presidência
pode ficar confuso. Ora em defesa de uma candidatura própria tucana, ora a
favor de uma "saída honrosa" por parte de João Dória da disputa
presidencial.
Mas fontes apostam que Aécio Neves prefere
que os tucanos não desperdicem o fundo eleitoral com uma candidatura ao
Planalto que corra grande risco de amargar uma baixa votação. E garantem que a
preferência é que o PSDB concentre
os recursos que tem no fortalecimento de uma bancada no Congresso Nacional. E é
aí que entraria o objetivo do ex-governador de Minas Gerais.
Aécio, segundo interlocutores, quer retomar o controle do
partido que presidiu entre 2013 e 2017, mas sabe que tem do outro lado do ninho
tucano adversários de peso: o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, e o
atual presidente da legenda, Bruno Araújo.
O deputado federal também entende que isso seria mais fácil
como senador da República. De olho em compor um palanque em Minas, lançou o
ex-deputado e seu o ex-secretário de Saúde Marcus Pestana ao governo mineiro.
Há quem diga que, lá na frente, caso a candidatura de
Pestana não vingue, Aécio e os tucanos mineiros terão um bom poder de barganha
para retirar o nome da disputa e negociar apoios.
Mas Aécio é visto, nos dias de hoje, como alguém mais
próximo do campo bolsonarista do que do campo petista.