r7 -18/04/2023 20:51
Os Estados Unidos vão usar somente as vacinas contra a Covid-19 de segunda geração (bivalentes),
da Pfizer e da Moderna, a partir de agora. Os imunizantes de primeira geração,
que continuam a ser aplicados na maior parte do mundo, inclusive no Brasil, não
estão mais autorizados, informou nesta terça-feira (18) a FDA (agência
reguladora de medicamentos do país).
As vacinas bivalentes poderão ser administradas a todos os
indivíduos acima de 6 meses, para esquema primário ou reforço.
A agência ainda autorizou um segundo reforço com a vacina
bivalente para idosos acima de 65 anos e pessoas imunocomprometidas.
Os especialistas entendem que, por mais atualizadas que
essas vacinas estejam, esses são grupos que sofrem com uma diminuição da
imunidade ao longo do tempo e requerem uma frequência maior de reforços.
"Já existem evidências de que a maioria da população
dos EUA com 5 anos ou mais possui anticorpos contra o Sars-CoV-2, o vírus que
causa a Covid-19, seja por vacinação, seja por infecção, o que pode servir como
base para a proteção fornecida pelas vacinas bivalentes", justificou o
diretor do Centro da FDA para Avaliação e Pesquisa Biológica, Peter Marks.
Ele acrescentou que "a Covid-19 continua a ser um risco
muito real para muitas pessoas, e nós encorajamos as pessoas a considerarem
manter-se atualizadas com a vacinação, inclusive com uma vacina bivalente
contra a Covid-19. Os dados disponíveis continuam a demonstrar que as vacinas
previnem os resultados mais graves da Covid-19".
No Brasil, a única vacina bivalente aprovada é a da Pfizer, destinada somente
como reforço em grupos específicos (veja tabela abaixo).
Um adulto abaixo de 39 anos, por exemplo, que completou o
esquema primário (duas doses) e vai a um posto de saúde tomar um reforço,
receberá possivelmente uma dose da Pfizer monovalente.
As vacinas
Todos os imunizantes de primeira geração foram desenvolvidos
a partir da cepa do coronavírus identificada em Wuhan (China).
Embora eles tenham se mostrado cruciais para prevenir um grande
número de casos graves, hospitalizações e mortes, já não conseguem evitar, na
maioria das vezes, que uma pessoa seja infectada, dadas as mutações do vírus.
Pfizer e Moderna desenvolveram, então, imunizantes que
contêm antígenos da cepa de Wuhan e também da Ômicron, cujas subvariantes são
as que predominaram de um ano para cá. Por haver essa dupla proteção, ela é
chamada de bivalente.