r7 -13/11/2022 23:38
O vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin (PSB), assinou nesta terça-feira (8) a
portaria que institui o gabinete de transição governamental do presidente
eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, Alckmin anunciou os
primeiros integrantes do governo de transição. O vice-presidente eleito é o
coordenador-geral da equipe.
A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi
Hoffmann (PT-PR), ficará a cargo da articulação política. O ex-deputado
federal Floriano Pesaro (PSB) será o coordenador-executivo do gabinete de
transição. Já o ex-ministro Aloizio Mercadante vai ser o coordenador de 31
grupos técnicos que trabalharão no governo de transição.
Ao anunciar nomes que vão compor a equipe, o vice-presidente
eleito e coordenador-geral dos trabalhos, Geraldo Alckmin, detalhou que o foco
é garantir a continuidade do Auxílio Brasil a R$ 600, além dos R$ 150 por filho
até 6 anos. Segundo ele, o complemento "traz uma correção em relação ao
valor fixo para as famílias que, normalmente, são as mais vulneráveis".
Dar continuidade às obras e aos serviços também está entre
as prioridades. Alckmin ainda não detalhou o valor a ser demandado na PEC, mas
a expectativa é de abertura de um crédito na casa dos R$ 200 bilhões.
Os grupos técnicos foram divididos em áreas temáticas:
agricultura, pecuária e abastecimento; assistência social; centro de governo;
cidades; ciência, tecnologia e inovação; comunicações; cultura; defesa;
desenvolvimento agrário; desenvolvimento regional; direitos humanos; economia;
educação; esporte; igualdade racial; indústria, comércio e serviços;
infraestrutura; inteligência estratégica; justiça e segurança pública; meio
ambiente; minas e energia; mulheres; pesca; planejamento, orçamento e gestão;
povos originários; previdência social; relações exteriores; saúde; trabalho;
transparência, integridade e controle; e turismo.
Nesta terça, Alckmin anunciou que farão parte do grupo
técnico de economia André Lara Resende, Guilherme Melo, Nelson Barbosa e Pérsio
Arida. O vice-presidente eleito também informou os nomes do grupo de
assistência social, que será constituído por Simone Tebet, Márcia Lopes, Tereza
Campello e André Quintão.
Alckmin disse que vai divulgar nos próximos dias quem fará
parte dos demais grupos técnicos. Segundo ele, cada grupo terá até quatro
integrantes na coordenação. "Amanhã a gente divulga outros nomes, que
poderão convidar outras pessoas. Professores, sociedade civil, lideranças
políticas. Esse é um trabalho de 50 dias, buscando informação, continuidade de
serviços públicos, transparência regida por lei e pautada no serviço
público", informou.
O governo de transição terá, ainda, um conselho político,
constituído por representantes dos dez partidos da coligação feita por Lula
para concorrer no pleito deste ano (PT, PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede,
Solidariedade, Avante, Agir e PROS), além de PDT e PSD, que entraram em acordo
com a equipe de Lula após a vitória dele no segundo turno.
Os integrantes do conselho serão: José Luiz Penna,
presidente do PV; Jefferson Coriteac, vice-presidente do Solidariedade; Daniel
Tourinho, presidente do Agir; Wolney Queiroz, deputado federal pelo PDT; Felipe
Espirito Santo, integrante da direção do PROS; Carlos Siqueira, presidente do
PSB; Wesley Diógenes, porta-voz da Rede; Luciana Santos, presidente do PCdoB;
Juliano Medeiros, presidente do PSOL; Guilherme Ítalo, da direção do Avante; e
Antônio Brito, deputado federal pelo PSD.
Os membros da equipe de transição devem ter acesso às
diversas informações relacionadas às contas públicas, aos programas e projetos,
entre outros tópicos. O grupo será formado por até 50 pessoas, que assumem os
cargos especiais de transição governamental (CETG).
A princípio, as pessoas que forem escolhidas para o governo
de transição não devem ser nomeadas para ministérios quando Lula assumir.
"O presidente Lula deixou claro que os que vão participar da transição não
têm relação direta com ministério, com o governo. Podem participar, não
participar. São questões obstantes, distintas", disse Alckmin.