r7 -08/03/2023 15:24
O pagamento de 13º não faz parte do Bolsa
Família e não será realizado em 2023, conforme o ministro
do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington
Dias, já havia afirmado. A decisão de não incluir no programa a parcela
extra, que foi paga apenas em 2019, deve-se ao fato de o benefício ser parte de
uma política de transferência de renda, e não uma remuneração salarial,
decorrente do trabalho formal.
"Como o nome diz, é uma bolsa: Bolsa Família. Ela não é
um contrato de salário, de remuneração, nem na lógica do setor público nem na
lógica do empregado do setor privado", explicou o ministro.
Ele diz que a parcela paga a mais em 2019, primeiro ano de
governo de Jair Bolsonaro, foi resultado de uma estratégia usada para eleger o
ex-presidente.
"Tivemos um momento [na época em que o 13º foi pago]
muito mais pensando em estratégia eleitoral. Mesmo assim, em um ano apenas,
2019, teve o pagamento extra. A partir daí, não teve mais. Isso mostra que era
um ponto fora da linha, que o próprio governo anterior deve ter avaliado e
visto que era um equívoco", afirmou Dias.
Apesar de parlamentares da oposição pedirem que a atual
gestão adicione a parcela extra ao programa, o ministro diz que o objetivo do
governo é proporcionar geração de emprego e renda para que a população tenha
acesso a direitos trabalhistas, como o 13º salário.
"Teremos a oportunidade de trabalhar o ponto principal,
que é a inclusão socioeconômica. O objetivo maior é abrir oportunidades, pelo
emprego e pelo empreendedorismo, para que se tenha condição de renda. Aí, quem
alcançar a condição de emprego vai ter salário, 13º, férias, vai ter tudo o que
é previsto para o mundo do trabalho."
Questionado sobre possíveis alterações na MP (medida
provisória) que tramita no Congresso, Dias afirma que o importante é manter os
"principais eixos" do texto. "Temos o desafio de ter no mínimo
R$ 600 e garantir R$ 150 por criança de até 6 anos."