r7 -26/03/2021 13:42
O governo do estado de São Paulo anunciou, nesta sexta-feira
(26), a prorrogação da fase emergencial do plano de flexibilização econômica
para combater a pandemia do coronavírus até o dia 11 de abril. Essa etapa reúne
as regras mais rígidas de circulação e distanciamento social desde o início da
pandemia. O anúncio foi feito pelo vice-governador do estado, Rodrigo Garcia,
durante coletiva de imprensa, no Palácio dos Bandeirantes.
O coordenador do Centro de Contigência do Coronavírus de São
Paulo, Paulo Menezes, afirmou que o estado soma nove dias em fase vermelha,
seguidos de 12 dias na fase emergencial, como determina o Plano São Paulo.
"Começamos a ver um resultado positivo desse período positivo", diz.
"Mas ainda vivemos num cenário dramático."
Entre os dias 11 a 25 de março, houve um crescimento de 2,2%
pacientes internados em UTI Covid no estado. "Há um aumento de casos, mas
em uma velocidade um pouco menor do que havíamos tido nos últimos dias",
disse Menezes. "Com isso, o governo tomou a decisão de prorrogar a fase
emergencial até 11 de abril. Nesse período, vamos começar a observar uma
redução de casos graves e vamos acumulando isso com o efeito protetor da
vacinação que está sendo feita nas faixas etárias mais idosas."
O órgão também recomendou a realização de barreiras
sanitárias, a suspensão de operações descida, blitz para coibir aglomerações e
fiscalizações para garantie adoção dos protocolos sanitários.
A fase emergencial entrou em vigor no último dia 15 e estava
prevista para vigorar até 30 de março. Entre as regras, estão o fechamento de
parques e praias, toque de recolher entre 20h e 5h, além de limitação
específica para restaurantes e lanchonetes, que podem apenas funcionar nos
sistemas drive-thru e delivery.
As escolas estaduais também ficaram em recesso no período,
com a permissão para alunos que precisam da merenda escolar. São Paulo sugeriu
que as escolas municipais e privadas seguissem a mesma medida.
Na quarta-feira (24), o coordenador do Centro de
Contingência do Coronavírus em São Paulo, Paulo Menezes, admitiu a
possibilidade de estender fase emergencial por 15 dias em todo o estado. No
entanto, na ocasião, o médico ressaltou que os números de casos, internações e
óbitos mudam constantemente, o que pode influenciar a decisão do órgão.
"Avaliamos a situação a partir de dados que tinhamos
até segunda-feira. É possível que seja necessária a extensão da fase
emergencial por, quem sabe 15 dias, mas esses números mudam. São avaliações
dinâmicas. Trabalhamos assim, junto ao governador, continuamos avaliando os
números para que o governador possa tomar a melhor decisão."
O endurecimento das regras de combate à pandemia é uma
resposta ao agravamento do número de casos, internações e mortes pela doença em
todo o estado. Nesta sexta-feira, as taxas de ocupação de UTI (Unidade de
Terapia Intensiva) está em 91,6% no estado e na Grande São Paulo.
De acordo com o secretário estadual de saúde, Jean
Gorinchteyn, havia em São Paulo em fevereiro do ano passado, na rede pública e
privada, 3.500 leitos de UTI em fevereiro de 2020. Em maio, eram 5.786, e em
julho, no pico da pandemia, 9.819. Hoje, o estado possui 13.834 leitos de UTI.
Destes 9.581 públicos. Isso significa dizer que houve um aumento de 8.048
leitos de UTI, o que representa 140%.
No último mês, segundo Gorinchtey, houve um aumento de 4.593
leitos, um aumento de 50% em relação ao mês anterior. Em fevereiro, havia 9.241
leitos, e em, março, 13.834. Já nos hospitais de campanha, desde o 1º pico da
pandemia, houve ampliação de 212 leitos de UTI covid, o que representa 46% a
rede de atendimento. Em julho do ano passado, eram 463 leitos e, neste mês de
março, 675.
Dessa forma, segundo a secretaria estadual da saúde, possui
atualmente 35.454 mil leitos, uma ampliação de 17.277 em relação ao número disponível
em maio do ano passado.