R7.com -02/02/2023 09:21
O senador Rogério
Marinho (PL-RN), candidato derrotado na eleição
à presidência do Senado nesta quarta-feira (1º), prometeu
que fará "oposição vigilante" ao governo do presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele recebeu 32 votos.
"Vamos exercer o nosso papel de oposição que as
urnas nos colocaram e vamos ser vigilantes e propositivos, como se espera no
processo democrático normal. Sempre que houver um fato, o nosso papel e o papel
do parlamento é se debruçar sobre ele. Mas isso vai acontecer de acordo com as
circunstâncias e com a conjuntura”, comentou.
"O nosso papel é de fiscalizador. É fazer o
contraponto, é estabelecer o debate. Isso é uma dinâmica do próprio parlamento
em função das ações que o governo deverá empreender", acrescentou.
Marinho disputou a presidência do Senado com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que foi reeleito para o posto com 49 votos. Após o resultado, Marinho cobrou de Pacheco defender a liberdade do Senado. "Ao longo dos últimos tempos, estamos vendo parlamentares sendo retirados das redes sociais e nós dissemos que isso caracteriza censura prévia. Nós esperamos que o discurso do presidente Rodrigo aconteça na prática e que ele realmente proteja a casa, o parlamento e o Congresso. Que faça valer o seu papel."
O primeiro discurso após a vitória de Pacheco foi
em tom de pacificação política, Ele disse que a "polarização tóxica
precisa ser erradicada do país". "Os Poderes da República precisam
trabalhar em harmonia, buscando consenso pelo diálogo", destacou.
Em outro trecho do discurso, Pacheco citou os ataques
de 8 de janeiro, em que extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes, e
disse que "o discurso golpista precisa ser erradicado". Ele também
comentou o combate às fake news.
"Pacificação não significa omissão nem inflamar a
população com narrativas inverídicas, tampouco com soluções aparentes que geram
instabilidade institucional. Pacificação é abandonar o discurso do 'nós contra
eles' e entender que o Brasil é imenso, mas é um só", destacou.