band/uol -18/01/2022 12:10
Após se reunirem com o secretário municipal de Saúde
de São Paulo,
Edson Aparecido, na tarde desta segunda-feira (17), o Sindicato dos Médicos de
São Paulo (Simesp) decidiu manter a paralisação da categoria marcada para
quarta (19).
Os médicos reivindicam uma solução para o desfalque das
equipes de saúde no município, contratações nas unidades básicas de Saúde
(UBS), garantia de infraestrutura e abastecimento de insumos e medicamentos.
“As nossas demandas têm relação não só à contratação, mas a
novas estruturas de saúde para dar conta da demanda espontânea também não foram
atendidas. Não foi apresentado nenhum plano de contingência ou de reposição dos
profissionais afastados. O que a gente observa é a truculência da gestão na
reunião com os médicos, a falta de medidas efetivas”, disse o presidente do
Simesp, Victor Dourado.
Segundo o sindicato, até o dia 6, 1.585 profissionais da
saúde estavam afastados por covid-19 ou
síndrome gripal. Uma semana depois, no dia 13, o número subiu em mais de 100%,
totalizando 3.193 trabalhadores afastados.
“Após dois anos de pandemia, é assim que são tratados os
profissionais da linha de frente que, contaminando-se cada dia mais,
reivindicam tão somente melhores condições de trabalho e atendimento à
população”, diz nota divulgada pela entidade.
O que diz a Secretaria de Saúde
A Secretaria Municipal de Saúde informou que serão pagas,
ainda em janeiro, 100% das horas extras relativas a 2021. Também anunciou que,
a partir de agora, todas as horas extras e plantões extras serão pagos dentro
da folha de pagamento do respectivo mês, inclusive para os servidores.
O secretário Edson Aparecido destacou que todas as
organizações parceiras receberam autorização para contratação de 700 médicos e
profissionais de enfermagem para atender ao aumento de demanda nas unidades de
Atenção Básica, a critério das Coordenadorias Regionais de Saúde.
As organizações também foram autorizadas a comprar
medicamentos e insumos de forma emergencial, caso a secretaria tenha alguma
dificuldade pontual com seus processos de compras.
A secretaria ressaltou ainda que, a fim de ampliar a
capacidade de atendimento da rede básica de saúde, 33 Assistências Médicas
Ambulatoriais (AMAs), Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e AMAs/UBSs Integradas
tiveram o horário de funcionamento ampliado das 19h para as 22h, e foram
reservados 1.110 leitos exclusivamente para o tratamento de pacientes com
covid-19.