agencia brasil -07/07/2021 23:46
O Ministério da Saúde lançou, hoje (7), a nova campanha para
reforçar a importância da vacinação contra a covid-19. Um dos focos da
iniciativa é convocar as pessoas para que não deixem de tomar a segunda dose do
imunizante.
O ministro Marcelo Queiroga alertou que há cerca de 3,5
milhões de pessoas com a aplicação da segunda dose em atraso. Por isso, o
esforço definido para essa nova campanha, que terá peças publicitárias
divulgadas em veículos de mídia e na internet.
“A imunização é a principal arma para conter o caráter
pandêmico. As vacinas que temos, com exceção de uma delas [Janssen], necessitam
de duas doses. É fundamental que a população que tomou a primeira dose volte
para tomar a segunda, pois só assim a imunização estará completa”, disse o
ministro.
Queiroga defendeu que governo federal, estados e municípios
devem reforçar a comunicação para estimular a procura das pessoas que já
tomaram a primeira dose para que completem o ciclo dentro do prazo previsto.
Ele salientou que houve avanço na campanha de vacinação, com
vários dias de junho com aplicação de mais de 1 milhão de doses diárias. A meta
do ministério é imunizar todos os brasileiros com mais de 18 anos de idade até
setembro com a primeira dose e até dezembro com a segunda dose.
Números
O secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério
da Saúde, Gerson Pereira, informou que os números vêm baixando, mas que a
atenção deve ser mantida. “Ontem (6), tivemos boa notícia de não ter nenhuma
morte no Amazonas. Temos visto nas curvas que a gente tem que de acordo com as
faixas etárias vacinadas têm diminuído as internações, os casos e as mortes”,
disse.
A secretária especial de Enfrentamento à Covid-19, Rosane de
Melo, lembrou que as baixas nas curvas de casos e mortes não significam que os
brasileiros devem desconsiderar os cuidados. “É preciso manter as medidas de
distanciamento seguro, lavagem da mão, uso da máscara, que isso é importante
para o controle dessa pandemia”, defendeu.
Intervalo
O ministro Marcelo Queiroga comentou sobre a variante Delta
do coronavírus, que teve caso identificado em São Paulo, e sobre a
possibilidade de redução dos intervalos entre a primeira e a segunda doses.
“A vacinas protegem contra as variantes. Os intervalos das
vacinas foram decididos conforme as informações dos fabricantes. As decisões
não são do ministério, mas tomadas em parceria com estados e municípios”,
disse.
CPI
Ao ser questionado sobre a prisão hoje do ex-diretor de
Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, durante depoimento na Comissão
Parlamentar da Pandemia, o ministro disse que “o que acontece na CPI é problema
do Congresso Nacional e o ministro da Saúde continua com o seu trabalho”.
Copa América
Com relação à testagem das pessoas contaminadas durante a
competição da Copa América, Marcelo Queiroga disse que a grande maioria era
formada por prestadores de serviço e que contraiu o vírus na sua comunidade.
“Não houve caso de contaminação entre as partidas. A
estratégia funcionou bem. Detectamos a variante Gama. Antes da partida final,
no sábado (10), vamos fazer um relatório detalhado com o balanço das ações na
competição”, disse.