r7 -18/08/2021 13:34
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga confirmou em entrevista
coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira (18), que o atual momento da pandemia permite
que o Brasil diminua o intervalo entre as doses da vacina Pfizer, a partir de
setembro, quando a população acima dos 18 anos terminar de receber a primeira
dose da vacina.
"Conseguimos alterar o intervalo das doses da Pfizer. A
bula autoriza 21 dias de intervalo, assim conseguiremos completar mais
rapidamente. Estamos em uma situação epidemiológica mais tranquila. Não estamos
comemorando, porque a média de mortes ainda é alta. Mas já tivemos números
maiores. Mas, as políticas públicas estão melhorando a situação da
pandemia", afirmou Queiroga.
Na entrevista coletiva foi explicada a distribuição de
vacinas e o ministério deixou claro que a prioridade é terminar a imunização de
adultos para depois vacinar adolescentes. "As doses não são para
adolescentes. Como vou vacinar em um estado adolescentes e em outros estamos
nos 30 anos? Temos de fazer a vacinação de maneira equânime", explicou o
ministro.
O ministro afirmou que os estados que já terminaram a
primeira dose da população acima dos 18 anos continuarão a receber imunizantes para
a segunda dose, não para os adolescentes. "Naturalmente quem já vacinou a
população com primeira dose, os estados vão continuar recebendo a vacinas para
segunda dose. Não se pretende atrasar a vacinação de adolescentes com
comorbidades. O que se pretende é garantir que os outros estados recebam as
doses de maneira mais homogênea. Naturalmente em um país continental não
terminaremos todos os estados juntos", disse Queiroga.
O ministro da Saúde foi claro que não tem como garantir a
distribuição de mais doses para os estados e municípios que não seguem o PNI
(Plano Nacional de Imunizações). "É fundamental que estados e municípios
sigam as orientações do PNI, que tem experiência em campanhas de vacinação. Se
cada estado ou município resolver sua própria regra, o Ministério não consegue
entregar as vacinas com a tempestividade devida e isso atrasará com a nossa
campanha de vacinação", ressaltou ele.
De acordo com o secretário-geral do Ministério, Rodrigo
Moreira Cruz, no cenário mais otimista de chegada de vacinas, a antecipação da
aplicação da segunda dose da Pfizer vai possibilitar que até o fim de outubro
toda a população vacinável esteja completamente vacinada.
"Até final de setembro termina a vacinação de primeira
dose de toda a população adulta, no cenário convencional. Em um cenário
otimista de chegada de doses, até o fim do mês de outubro seria possível
terminar a vacinação de toda a população adulta com as duas doses de
vacinas", afirmou Moreira Cruz.
Terceira dose
O ministro também respondeu sobre a possibilidade da
aplicação da terceira dose. Mais uma vez, deixou claro que a prioridade é
finalizar a campanha com vacinação completa das pessoas acima de 18 anos, para
a partir daí fazer a segunda dose.
"Está em discussão sobre a terceira dose, mas ainda não
há estudos que comprovem, qual o imunizante pode ser dado e qual é o momento de
se fazer isso. A terceira dose será aplicada com base em evidências científicas
consistentes e de acordo com a estratégia de distribuição de doses que o
Ministério da Saúde tem consolidado", disse Queiroga.