portal do transito -06/07/2023 13:10
O número de vendas de motos e scooters elétricos no Brasil
teve um forte crescimento no ano passado. De acordo com a Federação Nacional
Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave), no acumulado do ano o aumento
foi de 346%. Segundo os dados, entre janeiro e dezembro do ano passado foram
emplacadas mais de 7.200 unidades de motos e scooters elétricos no país.
No entanto, a Fenabrave pondera que a participação dos
modelos elétricos ainda é pequena diante das vendas totais. Com esse aumento
das vendas, surgem algumas dúvidas dos consumidores. Uma delas é se para
dirigir moto elétrica precisa de habilitação? O Portal do Trânsito responde!
Conforme Eliane Pietsak, pedagoga e especialista em
trânsito, para dirigir qualquer veículo automotor nas vias públicas é necessário
ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de acordo com a
categoria do veículo.
“No caso de moto elétrica, mesmo que a potência máxima seja
de 4 kW (quatro quilowatts), e a velocidade máxima de fabricação não exceda a
50 km/h (cinquenta quilômetros por hora) é necessário ter habilitação para
conduzi-la. Nesse caso, a moto elétrica equipara-se a um ciclomotor e é
necessário, ao menos, a Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) ou a
categoria A (motos)”, explica.
A especialista diz, ainda, que, de acordo com o Código de
Trânsito Brasileiro (CTB), nos artigos 120 e 130, ciclomotores, cicloelétricos
e equiparados devem estar devidamente registrados e licenciados junto ao Detran
para poder trafegar em vias públicas abertas à circulação. “Um erro
muito comum é os condutores encararem o processo de obtenção da CNH como um obstáculo,
e não darem a devida importância a essa etapa. Aprende-se a dirigir apenas uma
vez, mas o conhecimento servirá para toda vida”, alerta.
Para facilitar o entendimento, o Portal do Trânsito criou a
tabela a seguir:
Processo de habilitação ACC
A Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC) não é
considerada uma categoria. Condutores das categorias B, C, D e E podem obtê-la,
constando como observação na CNH. Os candidatos à obtenção da ACC deverão
realizar, além do exame de aptidão física e mental:
curso teórico de 20 horas/aula e exame teórico;
curso prático de no mínimo 5 horas/aula.
Alternativa menos poluente e mais barata
A alta na venda de motos elétrica reflete uma tendência do
consumidor na busca de uma alternativa em meio ao aumento dos preços dos
combustíveis. No entanto, os modelos também se apoiam no apelo ecológico. Isso
porque as motos convencionais, com motores à combustão, respondem por 21% das
emissões no trânsito em São Paulo, por exemplo.
De forma geral, os veículos elétricos contribuem bem menos
para a emissão de gases estufa em relação aos tradicionais, mas também geram
preocupações ambientais como o descarte da bateria e dos materiais necessários
para fabricar as baterias dessas unidades (geralmente o lítio).
Conforme o Centro Universitário Tiradentes, existem
algumas vantagens e desvantagens das motos elétricas. Veja:
Vantagens
São mais silenciosas do que os modelos tradicionais (com
motor movido a combustível);
Economia: elas requerem menos manutenção e os impostos
cobrados para esse tipo de veículo são menores;
Não é necessário se deslocar para “abastecê-las”, a carga da
bateria pode ser feita no conforto de casa;
Facilidade na hora de pilotar pois não existem alguns
comandos como embreagem e, em alguns modelos, câmbio de marchas.
Desvantagens
São menos velozes;
O valor de aquisição é muito alto, quando comparado com os
veículos tradicionais;
O tempo de carga das baterias geralmente é longo e a vida
útil varia entre 2 e 5 anos;
O fato de serem muito silenciosas pode gerar mais acidentes
de trânsito.