r7 -08/04/2020 21:36
O presidente Jair
Bolsonaro adotou um tom ainda mais ameno durante seu quinto pronunciamento
na cadeia de rádio e televisão desde o início da pandemia de coronavírus. Em
sua fala nesta quarta-feira (8), o presidente defendeu a união da população na
luta contra a doença, destacou a harmonia com os ministros de Estado e
ressaltou os bons resultados obtidos com a hidroxicloroquina no tratamento de
pacientes.
“Nosso objetivo principal sempre foi salvar vidas”, afirmou
o presidente, que também "prestou solidariedade às famílias que perderam
seus entes queridos na guerra que estamos enfrentando".
"Tenho a missão de decidir sobre as questões do País de
forma ampla, usando a equipe de ministros que escolhi para conduzir o destino
da nação. Todos devem estar sintonizados comigo", destacou o presidente no
pronunciamento com cerca de cinco minutos.
Bolsonaro reafirmou ainda que existem dois problemas a serem
resolvidos em meio à pandemia de coronavírus: o vírus e o desemprego. Segundo
ele, os dois temas deveriam ser tratados simultaneamente. "As
consequências do tratamento não podem ser mais danosas do que a própria
doenças. O desemprego também leva à pobreza, à fome e à miséria", disse
ele que completou: "Tenho certeza de que a grande maioria dos brasileiros
quer voltar a trabalhar."
"Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. As
medidas de forma restritiva ou não são de responsabilidade dos mesmos. O
governo federal não foi consultado sobre a sua amplitude ou duração. Espero que
brevemente saímos juntos e mais fortes para melhor desenvolver o nosso
País", pontuou o presidente.
Assim como fez na semana passada, Bolsonaro voltou a
parafrasear o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros
Adhanom. "Cada país tem sua particularidade. A solução não é a mesma para
todos. Os mais humildes não podem deixar de se locomover para buscar seu pão de
cada dia", enfatizou.
Os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde
apontam que número
de mortes pela covid-19 chega 800, com um total de 15.927 casos confirmados da
doença.
Hidroxicloroquina
No pronunciamento, Bolsonaro também voltou a defender o
tratamento com hidroxicloroquina em pacientes que contraírem o coronavírus. Ele
disse ter conversado com o cardiologista Roberto Kalil Filho, que usou
o medicamento contra a covid-19 e receitou o mesmo para seus
pacientes.
"Ele disse que, mesmo não tendo finalizado o protocolo
de testes, receitou o medicamento agora para não se arrepender no futuro. Essa
decisão pode entrar para a história", afirmou.
O presidente revelou também que o primeiro-ministro da
Índia, Narendra Modi, se comprometeu em enviar para o Brasil até sábado (11)
matéria-prima para continuar produzindo a hidroxicloroquina para poder tratar o
coronavírus e outras doenças. "Agradeço ao primeiro-ministro e ao povo
indiano por essa ajuda tão oportuna ao povo brasileiro."