estadao conteudo -21/10/2020 12:47
A discussão sobre a obrigatoriedade da vacina contra
covid-19 entrou na pauta dos candidatos à Prefeitura de São Paulo. O debate
opôs o presidente Jair Bolsonaro, contra a vacinação obrigatória, e o
governador João Doria (PSDB), a favor.
Candidato à reeleição, o prefeito Bruno Covas (PSDB)
discordou de Doria e disse nesta terça-feira (20) que não há "nenhuma
necessidade" de tornar a imunização obrigatória. No dia anterior, Celso
Russomanno (Republicanos) havia afirmado ser contra a obrigatoriedade. Russomanno, com 25% das intenções de voto, e Covas, com 22%,
estão empatados tecnicamente, segundo a mais recente pesquisa Ibope/TV
Globo/Estadão.
Segundo Covas, a prefeitura tem feito campanhas de vacinação
"em que mais de 90% da população participa". Por isso, afirmou, os
paulistanos devem aderir à vacina sem que seja necessário torná-la obrigatória.
Questionado pelo Estadão, Guilherme Boulos (PSOL) disse que
pretende fazer, caso seja eleito, "uma ação de testagem em massa",
por meio de um mutirão de agentes comunitários de saúde, e um "amplo
programa de vacinação obrigatório".
Como Boulos, Jilmar Tatto (PT) declarou que é a favor da
obrigatoriedade. "Estamos tratando de uma questão de saúde pública de
relevância máxima e qualquer medida de combate que tenha respaldo científico
deve ser adotada", afirmou.
Para Márcio França (PSB), a vacina será obrigatória "a
toda pessoa de bom senso". "Nós já temos um plano emergencial de
vacinação em grande escala para garantir que a população seja imunizada."
Joice Hasselmann (PSL) defendeu uma "vacinação em
massa, com celeridade, de graça e sem burocracias". "Quem optar por
não tomar precisa ser informado e entender que é responsável pelos seus atos e
assumir os riscos"