A assistência técnica da Secretaria de Agricultura, Meio Ambiente, Produção e Agricultura Familiar está mudando a vida no Sítio Palmeira Azul, no Timboré e pondo para frente o sonho do casal Agnes e Oswaldo Vidal.

A família estabelecida no campo, toca a propriedade de 6 alqueires, um pedacinho do céu, segundo eles mesmo.  Conectados ao mundo moderno, eles possuem um canal no Youtube onde postam seu dia-a-dia no campo, com destaque especial as receitas feitas no fogão a lenha, o popular “boca de dragão”.

A família Vidal como, objetivo para o futuro produtivo do sítio está caminhando para a produção leiteira, que vai além de soltar as vacas no pasto. “Com a assistência dada pela Secretaria da Agricultura é possível planejar um futuro de sucesso na pecuária leiteira, que começa desde o planejamento da alimentação do rebanho até a melhoria genética do rebanho”, disse a secretária Leila Rodrigues.

 Os primeiros passos dados em direção aos objetivos do casal foi piquetear o pasto e ainda reservar uma área para plantio de capiaçu reservado para os períodos mais secos do ano. O capiaçu é irrigado com um sistema que usa placas fotovoltaicas que usam a energia do sol para gerar energia limpa. O resultado é que, enquanto a maioria dos proprietários sofre com a seca, que causa mortandade dos animais na Palmeira Azul não existe “fome”. 

O passo mais importante está sendo a melhoria do rebanho da propriedade que está utilizando nove matrizes da raça Gir para gerar uma nova geração de vaquinhas com cruzamento com gado holandês, unindo o rusticidade do Gir com a produtividade do gado holandês.

“O resultado esperando é a criação do gado girolando, que vai fazer saltar a produtividade de 15 litros diários para 25 e ainda ter um gado mais adaptado ao clima nacional”, explicou o médico veterinário Márcio Vagner da Secretaria de Meio Ambiente.

Márcio explica que o caminho escolhido pela família Vidal é o mais aconselhado para os pequenos produtores, em decorrência do alto preço de vacas girolandas no mercado. “Com a boa matriz Gir e o sêmen holandês importado o perfil do rebanho vai melhorando com economia para os criadores”, explicou Márcio Wagner. O serviço de assistência técnica para os pecuaristas está a disposição gratuitamente na secretaria.

Sobre o Girolando

A raça bovina Girolando é considerada como a melhor alternativa para o desenvolvimento de uma pecuária leiteira moderna e competitiva.

Genuinamente brasileira, a raça surgiu por volta da década de 1940, no Vale do Paraíba, estado de São Paulo, quando um touro da raça Gir teria invadido uma pastagem vizinha e cobrido algumas vacas da raça Holandesa. Ao nascerem os produtos desse cruzamento, os criadores observaram que eram animais com características diferentes e que, com o tempo, foram demonstrando maior rusticidade, precocidade e grande produção de leite.

O sucesso obtido com o cruzamento levou criadores de outras regiões do Brasil a investir nesse tipo de animal e a desenvolver técnicas para selecionar os melhores exemplares com o objetivo de aperfeiçoar o desempenho zootécnico do cruzamento, que na época já era considerado muito satisfatório.

Da raça Gir, o Girolando herdou, principalmente, a capacidade de adaptação e a rusticidade. Já do Holandês, com todos os seus anos de seleção no mundo, veio a grande produção de leite.

Responsável por 80% do leite produzido no Brasil, a raça Girolando tem como diferenciais a alta produtividade, rusticidade, precocidade, longevidade e fertilidade, além da alta capacidade de adaptação a diferentes tipos de manejo e clima.