r7 -02/10/2022 21:20
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) foi
eleito neste domingo (2) para ocupar uma cadeira no Senado Federal pelo estado
do Paraná nos próximos oito anos.
Com 95,74% das urnas apuradas, Moro soma 33,82% dos votos e
não pode mais ser superado pelo deputado federal Paulo Eduardo Martins (PSDB)
nem pelo senador Álvaro Dias (Podemos), que tentava ser reeleito para o cargo
que ocupa, ininterruptamente, desde 1999.
Além de Martins e Dias, ficam pelo caminho Rosane Ferreira
(PV), Orlando Pessuti (MDB), Aline Sleutjes (Pros), Desiree Salgado (PDT),
Laerson Matias (PSOL), Roberto França (PCO) e Carlos Saboia (PMN).
Neste ano, a eleição renova apenas um terço do Senado, com
27 eleitos, um para cada unidade da Federação. Isso acontece porque os
vencedores têm mandatos de oito anos. Em 2026, haverá a renovação de 66,6% das
cadeiras, com a eleição de dois nomes por estado.
Com a renovação, Moro integrará, ao lado de Flávio Arns e
Oriovisto Guimarães, ambos do Podemos, a lista de parlamentares que representam
o estado do Paraná no Senado Federal.
Trajetória
Natural da cidade de Maringá (PR), Sergio Fernando Moro
ganhou notoriedade nacional como o principal
nome da Operação Lava Jato, deflagrada em 2014. Como juiz titular da 13ª
Vara Federal de Curitiba, ele julgou políticos, empresários e doleiros acusados
de envolvimento em esquemas de corrupção.
No comando da operação, ele garantiu
que jamais entraria para a política. Em 2018, abriu mão do cargo de
magistrado e aceitou
o convite do presidente Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça e Segurança
Pública.
A permanência do ex-juiz no Executivo durou
pouco mais de um ano. Chegou ao fim depois que Bolsonaro
exonerou o chefe da Polícia Federal, Maurício Valeixo, braço-direito e
homem de confiança de Moro.
Com a proximidade das eleições deste ano, o ex-juiz se
filiou ao Podemos, sigla com a qual pretendia ser lançado pré-candidato a
presidente da República. Para conquistar mais tempo de TV e verbas partidárias,
ele migrou para o União Brasil. As disputas internas, no entanto, impediram a
realização das pretensões de Moro, que precisou disputar a vaga para o Senado.