r7 -16/04/2021 13:37
O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (16), em
coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, a liberação de cultos e
missas em todo o estado. A medida foi anunciada pelo vice-governador Rodrigo
Garcia. As práticas religiosas serão realizadas com restrições, informou o
vice-governador.
Garcia afirmou ainda que o estado viverá nas próximas duas
semanas, a partir de domingo (18), uma fase de transição do Plano SP de
flexibilização econômica na pandemia de
covid-19.
"O governo instituiu a partir do dia 6/3 o início da
fase vermelha, depois a fase emergencial, o que durou até 28 de março. Na
medida em que a fase vermelha foi implementada tivemos uma estabilização de
crescimento nos números da pandemia. Começamos a ter uma redução progressiva na
velocidade. Essa queda persiste e temos uma queda diária de número de pacientes
de 0,8%", diz Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência da
Covid-19 em São Paulo.
Taxa de internações
caiu nas fases emergencial e vermelha
Segundo argumentou Paulo Menezes na coletiva, a queda nas
taxas de internação em São Paulo durante as fases vermelha e emergencial foi de
forte influência para a decisão de mudança para a fase de transição.
Em 28 de março, cerca de duas semanas após o início da fase
emergencial, houve a primeira queda no número de internados em UTIs de covid-19
no estado.
Já a respeito das mortes por covid-19, o
coordenador-executivo do Centro de Contingência, João Gabbardo, afirmou que a
média móvel de óbitos por covid-19 deve começar a registrar quedas a partir da
próxima semana epidemiológica.
Ocupação de leitos de
UTI segue acima dos 80%
Para avançar à fase laranja do Plano SP, o estado precisaria
estar com a taxa de ocupação nos leitos de UTI abaixo dos 80%, segundo
critérios do governo.
No momento, porém, a taxa é de 85,3%, o que representa uma
queda em relação ao início do mês, quando atingia 92,3%.
Falta de kit
intubação
Segundo estudo divulgado pelo Cosems-SP, mais de 60% das
cidades de São Paulo têm serviços municipais sem kit intubação.
A falta dos bloqueadores neuromusculares e sedativos,
medicamentos necessários para intubação, motivou o envio de nove ofícios – ao
longo de 40 dias – do governo do Estado ao Ministério da Saúde para garantir o
suprimento desta demanda. Segundo a gestão estadual, não foram respondidos.
Em coletiva na quarta-feira, João Doria (PSDB) classificou o
fato como um “gravíssimo erro do Ministério da Saúde de confiscar os insumos
necessários. Nenhum governo estadual ou prefeitura pode adquirir insumos de
empresas porque elas receberam o confisco do governo federal”, disse Doria.