r7 -27/12/2022 18:15
Terceira colocada nas eleições, a senadora Simone Tebet
(MDB) aceitou ser ministra do Planejamento e Orçamento. O convite do presidente
eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi a cartada final para acomodar a emedebista no governo, após
Tebet apoiar Lula no segundo turno das eleições.
Os detalhes da gestão de Tebet ainda serão discutidos com o
petista e a equipe de transição, mas o ponto forte de negociação, que inclusive
garantiu a ida da senadora para a pasta, foi manter a participação do
ministério no comitê gestor do Programa de Parcerias de Investimentos
(PPI), que deve ser coordenado pela Casa Civil. A intenção de ficar também com
os bancos públicos, no entanto, não foi para frente.
Tebet segue para o Planejamento após os planos dela de
chefiar a Educação e o Desenvolvimento Social fracassarem. A senadora havia
recebido convite também para o Ministério do Meio Ambiente, mas o recusou em favor de Marina Silva, deputada eleita e referência
na área.
A ida para o Planejamento traz certo desconforto para o
núcleo político de Lula, um deles com o futuro ministro da Fazenda, Fernando
Haddad (PT). O ex-prefeito de SP estaria desconfortável com os
"ideais" de Tebet, que não convergiriam com os da pasta do
Planejamento e Orçamento.
Outro ruído que Lula precisará resolver com a indicação está
na Casa Civil, com Rui Costa (PT). No último dia 21, Lula indicou a ex-ministra do Planejamento da era petista
Miriam Belchior para a Secretaria-Executiva da Casa Civil. A principal
tarefa seria cuidar, justamente, do PPI.