uol -13/10/2020 08:54
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou em 28 de
setembro um edital para identificar empresas e tecnologias que possam
desenvolver um sistema de votação online que possa ser usado pelo eleitor sem
que ele tenha que sair de casa. O objetivo é que o voto possa ser dado pelo
computador, tablet ou smartphone.
31 empresas, de pequenas startups a gigantes como a Amazon e IBM, manifestaram interesse em desenvolver esta tecnologia.
Segundo o UOL, a ideia é que três delas façam uma demonstração, com candidatos
fictícios, já no primeiro turno das eleições deste ano, marcadas para 15 de
novembro.
De acordo com Sandro Vieira, juiz auxiliar da presidência do
TSE e coordenador do projeto Eleições do Futuro, "No dia da eleição, três
empresas montarão estandes em cada local de votação. O eleitor que quiser
participar da simulação receberá as orientações para votar. O TSE acompanhará
os resultados".
Os colégios eleitorais que participarão do teste ficam em
São Paulo, Curitiba e Valparaíso de Goiás (GO). As tecnologias apresentadas
devem preencher três requisitos: identificação do eleitor por biometria digital
ou facial, sigilo do voto e disponibilidade de mecanismos de auditoria.
O principal objetivo do projeto é reduzir os custos
associados à realização das eleições. O sistema eletrônico brasileiro custa
caro. O TSE espera gastar R$ 699 milhões com a compra de novos equipamentos
somente neste ano. Com vida útil estimada em dez anos, as urnas eletrônicas são
utilizadas em até quatro campanhas eleitorais
Além disso, o voto online traria mais comodidade para o
eleitor. "O voto online seria cômodo neste ano de pandemia", diz o
juiz. "Será muito útil ao eleitor que estiver em trânsito. Hoje ele está
preso a uma seção eleitoral, mas no futuro poderá votar de qualquer lugar do
mundo."