r7 -03/10/2021 09:10
Imposto cobrado no início de todos os anos acompanha valores venais dos veículos, que saltou 12,5% nos últimos 12 meses
As dores de cabeça dos motoristas pela recente disparada
no preço dos combustíveis devem aumentar com a chegada de um IPVA
(Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores) mais robusto nos primeiros
meses de 2022.
A percepção considera a valorização
de 12,5% dos carros usados nos 12 meses finalizados em agosto, de acordo
com dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A
movimentação, guiada pela falta
de insumos para a produção de carros 0 km, tende a refletir diretamente no
bolso dos proprietários.
No Estado de São Paulo, a alíquota do IPVA equivale
a 4% do valor venal dos veículos movidos à gasolina e bicombustíveis
(flex). Já os donos de carros abastecidos exclusivamente álcool, eletricidade
ou gás, ainda que combinados entre si, têm alíquota de 3%.
A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São
Paulo afirma que ainda não é possível cravar que haverá um aumento do IPVA
2022. “A tabela de valores venais deverá ser finalizada em novembro e publicada
em dezembro de 2021. Portanto, não há informações sobre alta ou baixa de
valores de veículos”, afirma a pasta.
Com base em dados da tabela Fipe, referência do setor
automotivo, mas que não é utilizada nos cálculos do governo de São Paulo, um
automóvel modelo Chevrolet Onix Joy 1.0 8V Flex fabricado em 2019, o mais
vendido dos últimos anos, ficou 34,4% mais caro nos últimos 12 meses,
passando de R$ 36.231 para R$ R$ 48.692.
Pela tabela de preços venais de São Paulo utilizada para
calcular o IPVA 2021, o mesmo veículo custava R$ 39.838 no fim do ano passado,
o que resultou em um imposto no valor de 1.593,52 aos proprietários do modelo.
Se a valorização do governo acompanhar a verificada pela
Fipe para o Onix, o veículo passará a ter uma cotação venal de R$ 53.538, o que
resultará em um tributo de R$ 2.141,53, preço quase R$ 550 superior.
A eventual alta nos valores médios do IPVA a ser
desembolsado pelos motoristas vai interromper a sequência de períodos de queda
do imposto. Somente no ano passado, os pagamentos
do imposto recuaram 6,8%, segundo cálculos da Secretaria da Fazenda.